Por que agora é indicado rastrear diabetes tipo 2 a partir dos 35 anos?

Por que agora é indicado rastrear diabetes tipo 2 a partir dos 35 anos?

Dr. Paulo Lara
Dr. Paulo Lara
Doenças
19 Maio 2025
Por que agora é indicado rastrear diabetes tipo 2 a partir dos 35 anos?

A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) atualizou as diretrizes para o rastreamento e diagnóstico do diabetes tipo 2 no Brasil. Entre as principais mudanças estão a redução da idade para início da triagem em adultos assintomáticos, a inclusão de alerta para rastreio em crianças e adolescentes e a alteração em alguns critérios nos exames usados para diagnóstico. O documento foi publicado em março na revista científica Diabetology & Metabolic Syndrome.A atualização ganha relevância diante do crescente aumento de casos de diabetes tipo 2, em grande parte, devido às altas taxas de sobrepeso e obesidade na população global. Segundo a 11ª edição do Atlas da Federação Internacional de Diabetes (IDF), cerca de 589 milhões de adultos entre 20 e 79 anos vivem com a doença no mundo. No Brasil, a estimativa da SBD é de que cerca de 20 milhões de pessoas convivam atualmente com diabetes, o que representa aproximadamente 10,2% da população.

Uma das principais mudanças nas novas diretrizes para o rastreamento do diabetes tipo 2 é a ampliação da faixa etária e dos critérios para início da triagem. A nova recomendação é de que todos os adultos a partir dos 35 anos sejam submetidos ao rastreio, mesmo que não apresentem sintomas ou fatores de risco conhecidos. Antes, essa indicação era a partir dos 45.

Já para pessoas com menos de 35 anos, o rastreamento também é indicado caso tenham sobrepeso ou obesidade, desde que associado a pelo menos um fator de risco adicional. Entre esses fatores estão: histórico familiar de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, níveis baixos de HDL (inferiores a 35 mg/dl), triglicerídeos elevados (acima de 250 mg/dl), síndrome dos ovários policísticos, presença de acantose nigricans (pequenas manchas escuras em tons de marrom na pele) e sedentarismo. Também devem ser considerados antecedentes como pré-diabetes detectado em exames anteriores ou histórico de diabetes gestacional.

O endocrinologista Paulo Rosenbaum, do Hospital Israelita Albert Einstein, destaca a importância da atualização. “Cada vez mais vemos pessoas jovens com alterações na glicemia associadas a fatores como obesidade e sedentarismo. O diabetes é uma doença silenciosa e, quando a glicemia começa a subir, o risco de complicações cardiovasculares já está presente. Diagnosticar cedo é essencial para prevenir problemas futuros”, afirma.

Fonte: CNN
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